quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Equipa B: a liderança, os jogadores e a ligação com a equipa principal



Vem tarde, já mereciam que tivesse falado deles, mas antes tarde do que nunca. Posto isto, tenho de dar os parabéns à equipa B pela grande época. Não só a equipa é, em termos classificativos, a melhor das equipas Bês como está em primeiro lugar isolada. (Aqui, que nem precisamos, é que estamos em primeiro...).

31 jogos: 57 pontos. 17 V, 6 E, 8 D.

Não é a 1ª vez que a equipa comandada por Luís Castro se encontra na liderança isolada, numa das primeiras jornadas também sucedeu o mesmo, e sempre se manteve nos lugares cimeiros. Mas mais do que os resultados, é ver o trabalho que está por detrás e os jovens valores que temos. É notória a evolução de uma época para a outra, nesta temos uma equipa mais consistente e com jogadores mais habituados à competitividade e tipo de jogo da 2ª liga. E claro, no meu entender a mudança de treinador também ajudou.

Em relação aos jogadores, temos alguns jovens com valor. Um deles é o Tozé, na minha opinião o melhor jogador da equipa. É um médio ofensivo, capaz de oferecer boa dinâmica, com muita garra, um bom remate e bom nas bolas paradas (é ele quem geralmente bate os penalties, livres e cantos e com algum sucesso), infelizmente às vezes é encostado a uma ala... mas continuemos. Outros como Víctor García, Rafa, Mikel (não me convencia e ainda não me convence totalmente, mas reconheço a evolução) IvoAndré Silva, Gonçalo Paciência (veio de uma longa paragem por lesão e começou a jogar mais recentemente, tem jogado bem, dado muito trabalho aos defesas adversários e a mostrar excelentes pormenores técnicos... falta é o golo...), entre outros, são também jogadores a ter em conta. Não referi o Pedro Moreira porque já não acredito que vá ser aposta no clube, embora devesse ser tido oportunidades, sobretudo na época passada, mas já falarei dessa questão da aposta...

No fundo, temos uma equipa que mistura jogadores da B com os menos utilizados da A (Fabiano, Carlos Eduardo, Herrera, Reyes, Ricardo, Kelvin... este último anda desaparecido, no entanto) e os melhores sub-19 (André Silva, Ivo, Tomás Podstawski, Rafa, ...).

E até aqui funciona "quase" tudo na perfeição. Alguns dos jogadores da A que começaram na B já conseguiram agarrar o lugar (Carlos Eduardo e Herrera são os melhores exemplos) e a a gestão da A para a B é bem feita. O problema está no sentido inverso. Tirando os tais casos dos jogadores da A que começaram na B e viram o seu trabalho reconhecido, os que são realmente da B raramente são convocados para a equipa principal e ainda mais raro é pôr-se os mesmos a jogar. Raramente se aposta.

Na verdade, só 5 jogadores da B se estrearam pela equipa principal. 3 na época passada (Sebá, Tozé e Quinõnes) e, para já, 2 (Víctor García e Mikel) nesta época.

Os números das competições (campeonato, tp, tl) são referentes a número de minutos e não número de jogos

É pouco. São poucos os que tiveram oportunidades e são poucas as oportunidades. Sebá foi o que teve mais oportunidades, Quino fez 2 jogos e os outros 3 não passaram da estreia. Sebá, Victor Garcia e Quinõnes ainda tiveram o "luxo" de ser titulares e fazerem um jogo completo, já Tozé teve de se contentar com 24 minutos, e Mikel na famosa 3ª substituição de Paulo Fonseca, quando existe, entrou perto dos descontos. E é só.

Estranho também será constatar que na Taça da Liga, a tal Taça que o Porto diz desprezar, não se aproveite para dar minutos a estes jogadores. Tirando Sebá, nenhum deles teve o privilégio de participar nesta ilustre Taça.

Não se percebe o medo de apostar mais nos jovens porque, ainda por cima, o plantel da equipa principal tem apresentado lacunas. Na época passada faltava-nos, por exemplo, um PL suplente (e não só) e não se foi buscar nenhum da B (creio que Dellatorre chegou a ser convocado, mas não entrou). Esta época faltam laterais suplentes, Danilo e Alex Sandro praticamente não descansam e já aconteceu irmos a jogo com apenas 4 defesas (3 centrais e 1 lateral)... porque não se convoca Víctor García, Quino ou Rafa? Para além de se fazer descansar os laterais brasileiros de vez em quando, ainda os fazíamos ver que têm alguma concorrência, e antes alguma do que nenhuma...

Será que os jogadores da equipa que se encontra na liderança da 2ª liga não mereciam já mais?

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

E pronto, é assim



A ganhar por 2-0 em casa a 20 minutos do fim frente a um adversário inferior, o FC Porto deixa-se empatar num ápice.

E foi assim.


De que se estava à espera da equipa que tem uma mísera vitória europeia, 0 (zero!) vitórias europeias em casa, 6 golos marcados e 9 sofridos. É este o saldo europeu.

De que se estava à espera da equipa que, desde o dia 18 de Setembro de 2013, não consegue mais de 3 vitórias seguidas? (Ver imagem abaixo para comprovar)

Resultados do FC Porto até ao momento


Qualquer equipa com o mínimo de qualidade faz mossa na nossa defesa sem precisar de se esforçar muito. As infantilidades dos jogadores não ajudam, mas não é só por causa disso...

Como se não bastassem os maus resultados e exibições, ainda temos um treinador que pensa que jogou contra o Bayer e que vai a Leverkusen na 2ª mão (talvez isto ajude explicar o facto de dizer sempre que vamos jogar contra uma equipa muito forte...). Treinador esse que é particularmente fraco nas substituições e com medo de fazer ainda mais disparates fá-las tardiamente e às vezes nem sequer as esgota como aconteceu ontem.

E assim vai o Porto.

PS: No meio do desastre, o golo do Quaresma merece ser destacado. Obra-prima.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Qual é a dúvida?


A pergunta da tarja é retórica, mas não resisto a responder: não, não estamos a ser Porto.

Uma equipa que é Porto não se deixa dominar pelo Estoril na sua própria casa (1ª parte), não roça a mediocridade na maior parte dos jogos nem anda perdida em campo.

A equipa não conhece a palavra "táctica". Se a construir jogo e a criar perigo tem problemas, a defender nem se fala. O Estoril fez o que quis na 1ª parte. Valeu o golo perto do intervalo a dar o empate, num dos poucos lances em que o Porto incomodou o adversário nesse tempo. Porque, diga-se, o primeiro remate foi aos... 37 minutos... para fora. Já ninguém pode dizer que o problema é a finalização e que fora isso estamos perfeitos. Foi exactamente o contrário.

2ª parte melhor com o Porto por cima (como devia ser normal) e com Ghilas a estrear-se a marcar depois de ter entrado um bocadinho mais cedo do que o costume.

Já não há vitórias que maquilhem o pouco futebol, apenas vão adiando o desastre se nada se continuar a fazer para o evitar...