segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Nulo e Nulidade

Taça da Liga
Sporting CP 0-0 FC Porto



Jogo fraco do FC Porto. O costume, portanto. Face ao que jogámos o empate é positivo. Safou-se o Fabiano e pouco mais. Por ele merecemos o empate, sobretudo por ele. Afinal de contas, um jogo ganhasse marcando mais golos do que o adversário e o nosso guarda-redes segurou o empate num jogo onde as melhores oportunidades pertenceram à equipa da casa.

Não conseguimos impor o nosso futebol. O meio-campo não funcionou e Herrera fartou-se de falhar passes e de perder bolas, começa a ser preocupante. Carlos Eduardo não esteve tão exuberante, mas não podemos esperar sempre grandes exibições e a postura da equipa não ajudou. Fernando esteve bem. Ghilas esteve numa ilha, sozinho ali na frente, e sem ritmo de jogo era complicado fazer melhor (embora pudesse ter finalizado melhor numa ou noutra situação). Licá continua a ter oportunidades e a desperdiçá-las, enquanto Kelvin fica a ver navios e a perguntar-se porque é que não têm tanta paciência com ele como têm com o português. Varela esteve ao seu nível habitual, talvez um pouco melhor. Danilo esteve mal e Alex Sandro esteve bem, tal como os dois centrais, Maicon e Mangala.


MVP
Como já dei a entender: Fabiano. Defendeu tudo o que havia para defender. Num dos lances, sai aos pés de Carrillo impedindo que a jogada perigosa prossiga e na sequência do lance defende os remates primeiro de Montero e depois de Cédric para canto. Impressionante. Ainda tem um caminho a percorrer, mas está claramente a evoluir e não é o mesmo guarda-redes que veio do Olhanense. Pode vir a ser o sucessor de Helton.


Mundo à parte
Paulo Fonseca «Entrámos com a ambição de vencer, mas com uma estratégia cautelosa (...) o nosso objectivo era vencer em Alvalade»

Danilo: «Demonstrámos o nosso valor, o trabalho que temos vindo a fazer e estamos fortes nas competições»

Fonte: O Jogo


Olegário Empurrença
Ao minuto 81, Varela e Jefferson envolvem-se numa discussão e chegam a encostar a cabeça. Olegário chega, empurra Varela, dá-lhe cartão amarelo e nada faz a Jefferson. Faltou acariciar o jogador do Sporting e perguntar-lhe se estava tudo bem.



2014 é outro ano e pode ser que também seja outro Porto.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Caso perdido


Kléber foi contratado na época 2011/2012 e está na sua 3ª época de dragão ao peito.

Jogador interessante no Marítimo, chegou ao FC Porto na época em que foi vendido Falcao e teve a responsabilidade de o substituir. O seu início nem foi mau de todo, mas foi insuficiente. O treinador, na altura Vítor Pereira, acabou por preferir colocar Hulk no centro e, mais tarde, Janko (contratado em Janeiro). Na 1ª época havia a desculpa da pressão ser demasiado grande e da equipa estar muito instável e a jogar pouco - e foi verdade, daí ter dado o benefício da dúvida durante um bom tempo -, mas na época seguinte chegou Jackson, a equipa melhorou e Kléber podia estar tranquilamente na sombra a aprender, mas o excelente início do colombiano que ficou de pedra e cal no 11 e as oportunidades mal aproveitadas por Kléber levaram a um empréstimo em Janeiro ao Palmeiras (Brasil). Continuou sem render e, naquela que parece ser a última tentativa de o recuperar, regressou ao FC Porto, desta feita para a equipa B. E continua sem render.

Evolução? Nem vê-la. Para além de não ser um jogador mentalmente forte, as suas limitações na finalização são óbvias. Oportunidades para se reerguer não lhe faltaram, mas o jogador desperdiçou-as e nem na equipa B consegue dar um ar da sua graça. Admito que inicialmente até não discordei da sua integração na equipa B, mas rapidamente mudei de opinião. Não justifica a titularidade que lhe é constantemente dada e está a tapar os nossos jovens, um deles que considero muito promissor e que se dá pelo nome de André Silva.

Kléber
15 jogos a titular, 1232 minutos, 3 golos

André Silva
1 jogo a titular, 279 minutos, 3 golos

Vion
1 jogo a titular, 268 minutos, 2 golos

Caballero
4 jogos a titular, 356 minutos, 1 golo

(Dados retirados de: zerozero)

O brasileiro que tem tido uma excelente sequência de jogos a titular, apenas conseguiu fazer 3 golos e precisa de 411 minutos para marcar, o que equivale a cerca de 4 jogos e meio. Muito pouco.

Dos pontas-de-lança da B é o que tem a pior média de golos marcados por jogo. André Silva com bem menos minutos tem o mesmo número de golos. Vion também com bem menos minutos tem apenas menos um golo. Até Caballero que só tem um golo marcado merecia mais a titularidade, pois ao contrário de Kléber ainda pode dar jogador e curiosamente foi após ter marcado um grande golo contra o Académico de Viseu que praticamente deixou de jogar. Os critérios para dar minutos aos ponta-de-lança na equipa B estão todos trocados, portanto.

Creio que já quase todos aceitaram que o Kléber não vai dar mais do que isto. Como se costuma dizer, não se pode acertar sempre e quanto à sua contratação não faço críticas (nem faria sentido porque fui a favor), apenas considero que está na altura de deixar de insistir. Soluções? Vender, emprestar ou mesmo rescindir. Isto já em Janeiro.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Olá FC Porto!

FC Porto 4-0 SC Olhanense


Um dos primeiros jogos da época onde jogamos futebol do primeiro ao último minuto, senão mesmo o primeiro. O Olhanense pode ser uma equipa fraca, mas o FC Porto já fez exibições sofríveis ou pouco consistentes contra equipas fracas, e desta vez conseguiu impor o seu futebol durante os 90 minutos. Independentemente da qualidade do adversário, vencemos e convencemos.

Desde início que o FC Porto procurou o golo, com mais ou menos ritmo, a vontade de jogar e de marcar esteve sempre presente. Oportunidades de golo não faltaram e Belec, guarda-redes do Olhanense, evitou um bom número de golos. O 4-0 é escasso. Os dois primeiros golos surgiram na sequência de bolas paradas (Mangala e Jackson) e os dois últimos são dois grandes remates de fora da área (Carlos Eduardo e Herrera), o 3º então é uma obra-prima.


O destaque
Carlos Eduardo foi o melhor em campo. Duas assistências, um grande golo e ofereceu uma dinâmica incrível. Neste jogo viu, pensou e executou como ninguém. Os dois cantos batidos que resultaram em golo e o grande remate que foi parar ao fundo das redes nada mais foram do que o coroar de uma grande exibição. Caminha seriamente para se tornar numa peça fundamental deste FC Porto e neste momento o lugar de médio ofensivo é dele, mas vamos ter calma e continuar a observar o que parece ser um grande jogador.

Merecia golo
Perto do final da 1ª parte houve um lance de génio que merece destaque, quando Jackson foge aos centrais e de costas para a baliza domina a bola no peito e remata de bicicleta.

Substituições
Paulo Fonseca esteve bem na 1ª substituição, lançando Kelvin logo aos 57 minutos para o lugar de Licá, mas mais uma vez fez entrar Ghilas perto do final do jogo. Desta vez não foi aos 89, mas foi aos 85. O argelino já podia entrar mais cedo...

E é com o triunfo mais folgado da época que o FC Porto se despede do campeonato em 2013. Segue-se a Taça da Liga em Alvalade naquele que será o último jogo do ano civil.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Rotatividade do meio-campo


Lá vencemos o Rio Ave por 1-3 numa exibição um pouco cinzenta, mas que melhorou na 2ª parte. O mais importante era a vitória e essa foi conseguida de forma justa. Mas após este jogo ficou-me uma questão na cabeça. Não, a questão não é porque é que o Carlos Eduardo não foi aposta mais cedo (podia ser, mas não é), a questão é sobre o meio-campo em geral.

Afinal, qual é o nosso meio-campo? Ninguém sabe. É aqui que está o cerne da questão.

  • Fernando, Defour, Lucho
  • Fernando, Defour, Quintero
  • Fernando, Defour, Josué
  • Fernando, Lucho, Josué
  • Fernando, Lucho, Carlos Eduardo
  • Fernando, Herrera, Lucho
  • Fernando, Carlos Eduardo, Quintero
  • Defour, Herrera, Lucho

Justo será dizer que algumas das combinações acima só se verificaram num jogo, mas aí também só estão as que foram titulares. Já se verificaram outras ao longo do jogo após substituições, como por exemplo:

  • Fernando, Lucho, Quintero
  • Defour, Herrera, Carlos Eduardo


Fernando: o único elemento indiscutível
do meio-campo
Fernando, Defour e Lucho é o trio mais utilizado até agora, sendo Fernando o jogador do meio-campo mais utilizado (apenas não foi titular uma vez devido a castigo), mas não há meio-campo definido. A realidade é essa. Neste último jogo tivemos o trio Fernando, Lucho e Carlos Eduardo… no próximo jogo vamos ter quem? É uma incógnita. Uma incógnita que nos diz que o mais provável é ser outro meio-campo. Após 22 jogos jogados seria de esperar que Paulo Fonseca já tivesse encontrado o seu meio-campo.

Demasiada rotatividade. Demasiada indefinição. Sem estabilidade não há equipa que resista…


PS1: A saga das abébias na defesa continua.

PS2: O hóquei deu, neste fim-de-semana, uma boa resposta ao último é único desaire da época. 10-3 ao Herringen para a Liga Europeia e 3-0 ao Paço de Arcos para o campeonato.

PS3: Uma palavra para o basquetebol. 9 vitórias em 9 jogos. Será que chegamos à 1ª divisão já este ano? Não posso opinar muito porque não conheço, mas os resultados dizem que é possível.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O Zenit passou com 6! Com 6!

5 pontos em 18 possíveis
1 vitória em 6 jogos
0 vitórias em casa
4 golos marcados e 7 sofridos



Sem mais nada a acrescentar.

Fonte das imagens: zerozero

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O estranho caso da equipa de hóquei em patins

Até à 7ª jornada do campeonato nacional, a equipa de hóquei em patins do FC Porto vinha de uma série de 9 vitórias em 9 jogos, uma delas frente ao Barcelona por uns esclarecedores 6-2 no Dragão Caixa. Primeiros no campeonato em igualdade pontual com o Valongo e primeiros no grupo da Liga Europeia. 56 golos marcados e 13 sofridos em 6 jornadas do campeonato. Bons resultados e boas exibições. Tudo bem encaminhado.

O próximo jogo era para a 7ª jornada em casa do Cambra, penúltimo classificado com zero pontos, 13 golos marcados e 36 sofridos.

Resultado: 7-4 para o... Cambra!

Inesperado e, para quem, como eu, não viu o jogo, inexplicável. Por mais mérito que se possa atribuir ao Cambra e aos seus jogadores (Bruno Fernandes foi autor de 5 dos 7 golos), a verdade é que nada fazia prever um hectombe destes. Com este resultado, o FC Porto desceu para o 3º lugar.

Este resultado pode fazer-nos recordar do jogo de há duas épocas frente ao Espinho onde a equipa portista também comandada por Tó Neves perdeu por 8-4. Também surpreendente, mas num contexto diferente. Nessa época o FC Porto apresentou-se muito instável e sofria muitos golos de equipas do fundo da tabela. O que se passou com o Cambra foi ainda mais surpreendente e estranho dada a consistência demonstrada.
                                             
Acredito, face ao brilhante arranque da equipa, que não tenha passado de um acidente de percurso que não voltará a repetir-se. O próximo jogo é a contar para a Liga Europeia contra o SK Germania Herringen (dia 14 às 15h com transmissão no Porto Canal), teoricamente o adversário mais fácil do grupo, e não espero nada mais do que uma forte resposta da equipa.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Regresso às vitórias

FC Porto 2-0 SC Braga


É com satisfação que inicio o blog no seguimento de uma vitória do FC Porto. Depois de uma série de jogos sem vencer, a vitória apareceu finalmente frente ao SC Braga no Dragão por 2-0.

Face ao que se tinha visto em jogos anteriores era difícil acreditar numa boa exibição e a 1ª parte revelou-se mais do mesmo. Sem surpresa, foi um Porto sem ideias e com imensas dificuldades em sair a jogar. O primeiro remate surgiu por volta da meia-hora de jogo por intermédio de Josué, na única oportunidade de golo e jogada digna desse nome. Muito pouco para uma equipa que devia querer ganhar.

Na 2ª parte a música foi outra. Paulo Fonseca fez entrar Carlos Eduardo - que provou merecer mais minutos - para o lugar do lesionado Lucho e vimos Herrera mais adiantado no terreno. O golo surgiu logo no início por intermédio de Jackson Martinez e a partir daí a equipa soltou-se. Com confiança e a táctica certa, as boas jogadas sucederam-se e o segundo golo surgiu com naturalidade ao minuto 80, novamente pelo suspeito do costume.

Paulo Fonseca disse, no final do jogo, que esta tem sido uma grande fase de aprendizagem. Se assim é, este jogo só pode ter servido para aprender. O contraste entre as duas partes foi evidente e de nada vale negar que se alterou a estrutura

Foi uma boa vitória que não só quebrou a série de jogos sem vencer como a série de jogos a sofrer golos. Agora espera-se continuidade do que de positivo se viu neste jogo...